O collant virou body, o rouge virou blush,
O pó-de-arroz virou pó-compacto, e o brilho virou gloss.
A anabela virou plataforma,
O corpete virou porta seios, que virou sutiã, que virou silicone!
A peruca virou aplique, alongamento.
A escova virou chapinha.
Problemas de moça virou TPM,
A crise de nervos virou stress.
A chita virou viscose.
A purpurina virou glitter, a brilhantina virou mousse.
Os halteres viraram bombas.
A ergométrica virou spinning.
A tanga virou fio dental,
E o fio dental virou anti-séptico bucal.
Ninguém mais vê...
O a la carte virou self-service.
A tristeza, depressão.
A paquera virou pegação,
A Gafieira virou dança de salão.
O que era praça virou shopping,
A areia virou ringue.
A caneta virou teclado.
O long play virou CD.
A fita de vídeo é DVD.
O CD já é MP3.
O álbum de fotos agora é mostrado por e-mail,
O namoro agora é virtual, a cantada virou torpedo.
O break virou street. O samba, pagode.
O carnaval de rua virou Sapucaí, o folclore brasileiro, Halloween.
O piano agora é teclado, também.
O forró de sanfona ficou eletrônico.
Bicicleta virou bike, folhetins são novelas de TV.
A AIDS virou gripe.
A bala antes encontrada, agora é perdida.
A violência está coisa maldita!
O professor agora é facilitador. As lições já não importam mais.
A guerra superou a paz!
E a sociedade ficou incapaz de tudo,
Inclusive de notar essas diferenças...
(Autor Desconhecido)
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