Quem sabe?

Quem sabe a gente se olhe
E entre num acordo final
Como do crepúsculo e as aves
Como o bem, o mal e o indiferente.
Podemos ser como a lua e a noite
Ou como Pedro e Jesus
Renegue sua cova mal feita
E que seja infinito até mudarmos de idéia.
Sobre mim, sobre você
Sobre o caótico e sobre as estrelas
O sobrenatural, o que é real
Sobre o príncipe falso, o Papa
Sobre como a nossa história pode ser bonita
Mas também pode ser adeus, até a próxima vida.
Um acordo de vida e de morte
Pela moeda, brincando com a sorte
Pelo prazer, amor devaneio
Estrada longa, futuro incerto.
Amor de criança
Sexo à espreita
Perigo na curva
Mágoa na certa.
Quem sabe a gente se toque
Sem se machucar
Quem sabe a gente se ame
A noite inteira.
Quem sabe eu me lembre
Com um sorriso nos lábios.
Quem sabe eu me recorde
Com uma lágrima nos olhos.

(Autor Desconhecido)

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