Anos 60

Tão curto é o tempo que nos abraça
Quanto o vento que despedaça
A nova esperança ainda nem nasceu
E por azar, a chama que no auge brilhava, se apagou.

E a noite que vem, mandada por Deus
Tão impaciente que não nos cede nem um último suspiro
Não que nos importamos
É que sempre queremos dizer adeus.

A natureza hoje em dia é tão artificial
Alvo de poder, dinheiro, esqueceram seu real valor
Nem me refiro à necessidade biológica, pois somos tão medíocres
É que esteticamente, ela é mais linda que a mais cara das jóias
Que lapidou o joalheiro.

E as palavras, de nada valem sem seus confusos leitores
Pois o tempo que leva o poeta, é merecido uma cobaia
Com as novas ondas sonoras, conseguimos sobreviver
Mas com a presente corrente estúpida que ronda o mundo,
Só nos resta desistir.

(Autor Desconhecido)

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